segunda-feira, 10 de março de 2008

Estado-dependentes 2 - Condenados ao bolsa-qualquer-coisa. Para sempre

Reinaldo Azevedo

A esquerda provoca com as tolices de sempre: “Ah, então por que o DEM e o PSDB não propõem o fim do Bolsa Família?…” Espertinhos os caras, não?

O Bolsa Família não vai acabar nunca, ora essa. Se o Brasil voltasse, um dia, a crescer 13% ao ano, como já aconteceu, haveria Bolsa ainda assim… Sabem cumé? O estado tem de cuidar dos seus pobres… Essa condenação é para sempre. Jamais vamos nos livrar disso. É discurso fácil.

Voltando à Faculdade de Direito da USP (ver posts abaixo), uma garota entre os 13 esquerdistas que estavam lá afirmou que a VEJA — ali no caso, eu — não se preocupava com os sem-teto e que a revista atacou o Ministério Público porque este defenderia o direito de ir e vir — e, segundo entendi, o direito de dormir na praça, coisa a que a revista e eu próprio estaríamos nos opondo…

Tudo mentira, é claro. Nem VEJA nem eu defendemos que um sem-teto seja levado a um albergue contra a sua vontade, mas VEJA e eu defendemos que espaço público é público. E isso quer dizer que não é moradia; que aquele bem tem de ser desfrutado por todos os cidadãos.

Eu não preciso que sem-teto more embaixo do viaduto, exposto a todos os riscos, para que eu possa ter uma causa. Os pobres não foram feiros para aliviar a consciência de ninguém, tampouco para compensar a falta de leitura.

Por que a lourinha humanista não se junta aos assistentes sociais da Prefeitura e vai lá tentar convencer o morador de rua a ir para o albergue? Talvez ela considere que, se o fizer, não estará combatendo o capitalismo, entendem? Então prefere gritar contra o suposto banco antimendigo.

Essa gente precisa da miséria para excitar a sua imaginação generosa.

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