domingo, 9 de março de 2008

Abandono escolar cresce entre dependentes do Bolsa-Família. E o voto em Lula também!!!

Por Lisandra Paraguassú, no Estadão. Volto depois:

O mais importante programa social do governo Lula, o Bolsa-Família, atende hoje quase um quarto da população do País (45,8 milhões), mas não está conseguindo cumprir um de seus principais objetivos: fazer com que as crianças completem ao menos os oito anos do ensino fundamental. Cruzamento de informações feito pelo Estado, com dados dos Ministérios do Desenvolvimento Social e da Educação, revela que nos 200 municípios onde há mais famílias dependentes do Bolsa-Família a evasão escolar, contando os abandonos da 1ª a 8ª séries, cresceu entre 2002 e 2005. Em alguns casos, o número de crianças que deixam a escola mais do que dobrou. Em todas as cidades mais da metade é atendida pelo programa.
O abandono escolar cresceu em 45,5% dos municípios (91) com mais atendimentos do Bolsa-Família. Em outros 18,5% (37 cidades) não houve piora ou melhora significativas - a variação foi de menos de 1 ponto porcentual para mais ou para menos. Juntos, a piora do abandono e a manutenção da péssima realidade escolar somam 64%. O ano de 2002 foi o último antes do início do Bolsa-Família, e 2005, o último com dados oficiais disponíveis.
Os 200 municípios expõem também um fenômeno político: uma melhora sensível no desempenho do candidato Luiz Inácio Lula da Silva entre os segundos turnos de 2002 e de 2006. Da eleição para a reeleição, o presidente aumentou os votos em todas as cidades com mais população atendida pelo Bolsa-Família, registrando, em alguns casos, votações fenomenais: os 3.408 votos de Araioses (MA), em 2002, por exemplo, viraram 12.958 votos na campanha da reeleição; os 2.996 votos de Girau do Ponciano (AL) subiram para 12.550 votos.
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Reinaldo Azevedo
O que é isso? Ora, o óbvio: o desastre do assistencialismo, que tanto seduz a esquerda de perfil petista, os intelectuais do miolo mole e até alguns que estariam mais identificados com teses liberais. O Brasil teve uma grande idéia para erradicar a pobreza: distribuir dinheiro. Dá certo? Ô se dá: enquanto se distribui o dinheiro. O garoto faz 15 anos, deixa de receber a graninha, a família faz o quê? Tira-o da escola e manda para o trabalho. Qual a surpresa?

Há dias, Ali Kamel escreveu um artigo no Globo em que chamou Bolsa Família de Bolsa-Eletrodoméstico. O dinheiro está indo para o consumo. Não se trata, digamos, de uma diminuição sustentada da pobreza. Parou de dar dinheiro, pimba! Volta tudo à estaca zero. De novo: é tão simples; é tão óbvio.

O subjornalismo que apóia o governo logo correu para demonizar o artigo. Claro, claro… Por alguma estranha razão que a canalha não consegue explicar, vai ver Kamel não gosta dos pobres. Só os anões, mascates e tocadores de tuba é que amam os deserdados. Toda estupidez é nefasta. A burrice a soldo, no entanto, é a pior delas. Porque o vagabundo faz passar a opinião vendida por uma convicção.

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