Levantamento da Ipsos/Opinion com mil consumidores entre os dias 23 e 30 de março deste ano mostra que 65% deles não sentiram melhora no emprego e na renda. Para 29% deles houve melhora. E 6% delas não souberam informar.
Nas regiões Sudeste e Sul, o percentual das pessoas que não viram melhora no emprego e na renda sobe para 71% e 73%, respectivamente. Isto é, os consumidores das regiões mais ricas sentem menos os efeitos de eventual melhora na economia.
Nas regiões Norte e Nordeste e Centro Oeste, a Ipsos/Opinion constatou, a pedido do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), que são menores os percentuais de consumidores que não sentiram efeito na renda e no emprego -os percentuais são 51% e 60%, respectivamente.
“Esse levantamento reflete o efeito do Bolsa Família nessas regiões”, diz Carlos Cavalcanti, economista-chefe do Ciesp.
O rendimento real do trabalhador subiu 7,2% e o emprego, 2,3%, no acumulado de 12 meses terminados em fevereiro deste ano em seis regiões metropolitanas do país, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) realizada pelo IBGE.
“Só que o aumento da renda está localizado em alguns setores. A classe média que trabalha nas usinas de açúcar e álcool teve melhor desempenho de renda, assim como quem tem acesso a programas sociais. A agricultura e a construção civil estão se recuperando. Mas essa situação não é generalizada”, diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.
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